3.10.07

EnlouquecidaMENTE

No corpo cálido escorria leve e enlouquecidamente uma gota de suor. No pulsar do peito ouviu as palavras que lhe dizia o silêncio e viu coisas realmente difíceis de notar. Na melena viajou por noites e na aurora sentiu-se rei. E, ao tocar o corpo, numa passagem, sentiu em sua boca o sabor do éden. Os olhos faziam-no alucinado em uma leve e enlouquecida mente.

As luzes ao seu redor guiavam-no na escuridão e, sendo assim, não se importava aonde chegaria, pois direções não lhe diziam nada mais do que o silêncio. Mas o silêncio do outro corpo o diz o que queria e devia ouvir. E o que queria era não saber, não acordar, não ter mais olhos opacos para enxergar. Pois, para ele “o amor era um demônio desgraçado que vivia a lhe passar rasteiras”. Mata-lo haveria se, porventura o notasse, mas, ao menos o podia ver. Pálido, despertou em mais uma manhã. E planejara todo o seu dia em menos de um piscar de olhos. E, ao olhar-se no espelho, viu “o indivíduo e a muralha. O indivíduo contra a muralha”.

N. Lopes


3 comentários:

  1. Nossa!
    Acho q isso mexeu comigo.
    Na boa, eu achei lindo.
    ...é como se fosse uma história tãããão longa.

    Boa tarde.

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  2. Saravá,poeta!

    ***Temptation***

    Talvez as mais perfeitas sejam
    as que você não
    diz nada
    para a compreensão
    acontece num outro nível
    ou não?

    Vê se dorme!

    Ah! vc gosta?
    Do perfume de *****?

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  3. bem legal hein?!
    ta progredindo bastante! gostando de ver!!
    beijos

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